domingo, 10 de janeiro de 2016

Warmillon Fonseca Braga e a sobrinha Anne foram denunciados em Ação Criminal por “Lavagem de Dinheiro”


O Ministério Público de Minas Gerais ajuizou Ação Criminal, Processo nº 0019002-13.2015.8.13.0512, contra Warmillon Fonseca Braga e Anne Fonseca Braga de Carvalho.

Ambos são acusados de “lavagem de dinheiro” por ocultarem a origem e propriedade de bens e direitos provenientes de crimes contra a Administração Pública em Pirapora.

Durante o período em que Warmillon Fonseca foi prefeito de Pirapora, ele ocultou bens e valores utilizando-se de pessoas interpostas ou “laranjas”.

O Ministério Público obteve acesso aos dados bancários e fiscais de Warmillon Braga. Além disso, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais concedeu medidas de interceptação telefônica, busca e apreensão de documentos.

Com base nas fartas provas obtidas o Ministério Público apurou que Warmillon Braga, no período em que foi prefeito de Pirapora, adquiriu bens para si ou terceiros com valores desproporcionais à evolução de seu patrimônio e renda, sem lastro financeiro em fontes lícitas, com incompatibilidade entre a movimentação bancária de Warmillon e os rendimentos por ele declarados.


Família Fonseca Braga

Warmillon Fonseca Braga usou a sobrinha Anne Fonseca Braga de Carvalho para dissimular que era o verdadeiro proprietário de bens e empresas. Warmillon movimentou vultosos valores, utilizando contas bancárias em nome da sobrinha Anne.

Veronice Fonseca Braga de Carvalho (irmã de Warmillon e mãe de Anne) também foi utilizada para a ocultação de bens, apresentando-se como sócia de empresas que, na realidade, eram de seu irmão Warmillon.

Warmillon, Veronice e Anne usaram a atividade rural como estratégia para justificar o patrimônio no período em que Warmillon Fonseca Braga foi prefeito de Pirapora e lá dilapidou os cofres públicos.

Marcela Machado Ribas, esposa de Warmillon, também foi utilizada como “laranja” para dissimular a propriedade de bens. Foi constatado que houve grande remessa de valores de Anne Fonseca Braga para Marcela Machado Ribas.

O Ministério Público demonstrou o enriquecimento sem causa de Warmillon Braga, que ao tomar posse como prefeito de Pirapora não tinha nenhuma fonte relevante de rendimentos, somente os subsídios do cargo de prefeito.

No entanto, Warmillon Fonseca Braga passou a angariar bens que registrou em nome de terceiros, sem o devido lastro, compondo assim um patrimônio decorrente da prática de crimes contra a Administração Pública de Pirapora.

Bens adquiridos por Warmillon Fonseca Braga e que foram ocultados por Anne Fonseca Braga em decorrência da prática de crimes contra a Administração Pública de Pirapora:

Fazenda Cocal e Fazenda Planície:


Apartamento no Edifício Santiago Ballesteros em Belo Horizonte:

Documentos obtidos pelo Ministério Público mostraram intensa negociação entre Warmillon Braga e a Construtora Caparaó, visando a aquisição do apartamento nº 1202 do Edifício Santiago Ballesteros, situado na Rua Gonçalves Dias nº 2525 em frente ao Shopping Diamond Mall, em Belo Horizonte. Este apartamento foi adquirido por Anne Fonseca Braga, sobrinha de Warmillon, usada por ele como “laranja” para ocultar seu patrimônio adquirido de forma ilícita.

O Ministério Público obteve provas da negociação entre Warmillon e a Construtora Caparaó:


Pedidos de Condenação na Ação Criminal:

O Ministério Público pediu a condenação de Warmillon Fonseca Braga e Anne Fonseca Braga de Carvalho pela prática do crime previsto na Lei 9.613/97 (Lei que dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores) por 6 (seis) vezes, cuja pena de reclusão é de 3 (três) a 10 (dez) anos e multa, e também na forma dos artigos 29 e 69 do Código Penal.

O Ministério Público também pediu a suspensão dos direitos políticos de Warmillon Fonseca Braga e Anne Fonseca Braga de Carvalho.

Com fundamento no artigo 91, inciso II, alínea “b” do Código Penal e no artigo 7º da Lei 9.613/97, o Ministério Público pediu a perda dos seguintes bens imóveis:
Decisão Liminar do Juiz:

O Juiz de Direito Anderson Fábio Nogueira Alves acolheu o pedido do Ministério Público e determinou liminarmente a inscrição do sequestro dos imóveis.

Sendo julgada procedente a ação, os bens serão revertidos para o Município de Pirapora, em vista das fartas provas de corrupção e licitações ilegais praticadas por Warmillon Fonseca Braga.